Coworking

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A atividade coworking no trabalho compartilhado

A forma como as pessoas trabalham está mudando. Você já percebeu? Os escritórios tradicionais, com profissionais trabalhando isolados, chefes pegando no pé e ponto para bater estão ficando obsoletos e dando cada vez mais espaço para a autonomia, a colaboração e a flexibilidade. Todo mundo tem algum amigo ou conhecido que já caiu fora dessas amarras todas para trabalhar em um modelo diferente.

A evolução das formas de trabalho e da própria maneira como as pessoas encaram seus empregos permitiu que elas deixassem de separar quem são na vida pessoal de quem são no trabalho. Por muito tempo, cada uma dessas partes foi tratada de maneira isolada, como peças que se encaixavam mas não chegavam a se misturar. Hoje em dia, porém, muita gente procura a melhor maneira de balancear vida pessoal, trabalho e atividades que exercitem o corpo e a mente.

As jornadas exaustivas e monótonas dentro dos escritórios estão ficando para trás – o próprio espaço, com “baias” e horários inflexíveis, já é considerado velho e ineficaz por empresas de vários segmentos. Existem novos modelos surgindo e se fortalecendo para atender melhor às necessidades dos profissionais e à vontade de encontrar a harmonia entre a casa e o escritório.


 

Lifeworking no trabalho compartilhado

Essa tendência se chama lifeworking e trata exatamente dessa união entre os ambientes e da integração entre todas as partes da sua rotina. Ela prova e defende que dá, sim, para unir o seu trabalho às suas paixões e transformá-lo em uma delas.

Esse estilo de vida permite que você respeite a dinâmica e as limitações de cada espaço sem que isso interfira de maneira negativa nos seus hábitos e atitudes. Isso quer dizer que você pode (e deve) expor toda a sua personalidade, do jeitinho que ela é, sem precisar ser uma pessoa no seu ambiente de trabalho e outra na roda de amigos.

Como adotar o lifeworking? Para começar a incorporar tudo isso na sua vida, preste atenção nestas dicas:
>> Defina bem os seus objetivos de vida – não só de carreira! – e separe o tempo do seu dia entre eles. Não é porque não existe mais uma ruptura drástica que você deve estar em casa se preocupando com coisas do trabalho;
>> Na hora de realizar as atividades do dia a dia, “quebre-as” e realize uma parte de cada vez. Isso ajuda você a ser gentil consigo mesmo;
>> Comece seu dia com momentos maker (trabalhos práticos, tarefas motivadoras) e depois dedique tempo aos momentos para pessoas (a hora em que você faz reuniões, telefonemas, resolve problemas e determina prazos e atividades). Explicando: não se veja obrigado a ler e-mails ou participar de reuniões logo no início do dia. Organize sua rotina e comece o dia com algo prático, para ter a sensação de que o tempo que passou está sendo produtivo.

No coworking, isso é mais do que possível, é natural. Nesses espaços, você organiza seus horários e tem uma rotina própria. Quer usar o escritório só à tarde? Pode. Só nos dias pares? Pode. Só nos dias em que o seu horóscopo aconselha? Também pode. E além de permitir que você organize seus dias da forma que fica mais legal pra você, o coworking tem tudo a ver com o lifewoking porque te ajuda a:
>> Alinhar seus objetivos profissionais e pessoais;
>> Conhecer gente nova e criar uma rede de contatos bacana;
>> Desenvolver as habilidades que você já tem e aprender algo novo todos os dias (tanto no lado profissional como no pessoal).


 

Coworker no trabalho compartilhado

O trabalho não precisa ser um espaço restritivo, mas sim um lugar em que você consegue estabelecer vínculos, ensinar e aprender, tudo ao mesmo tempo. Então em vez de tratar seu trabalho e sua vida pessoal como coisas completamente opostas, que tal fazê-los funcionar como uma coisa só? Dessa maneira, você poderá traçar objetivos coerentes, reduzir o estresse e descobrir quem você realmente é e aonde pode chegar – de maneira integrada, saudável e do melhor jeito: o seu.

E é por isso que o trabalho em um espaço compartilhado provavelmente combina com a sua ideia de negócio, independente de qual ela seja. Olha só algumas figurinhas carimbadas que você vai encontrar em qualquer coworking:

QUEM É? O freelancer
O QUE FAZ? Trabalha por conta própria, entregando seus produtos ou serviços para pessoas ou empresas que possam ter interesse no que ele oferece, sem estar vinculado a uma marca ou ter uma demanda fixa.
POR QUE TRABALHA NO COWORKING? Porque encontra no espaço a harmonia perfeita entre deixar as pantufas de lado e, ainda assim, não ter a obrigatoriedade de horários e prazos de uma empresa, podendo organizar seus horários, além de aumentar o foco e a produtividade.

QUEM É? A startup
O QUE FAZ? É uma empresa em formação, que desenvolve projetos relacionados à pesquisa e criação de ideias ou planos de negócios inovadores.
POR QUE TRABALHA NO COWORKING? Porque no coworking dá para se aproximar de pessoas com perfil empreendedor, que aprendem umas com as outras. Essa convivência ajuda a evitar os mesmos erros e, até, a ter novas oportunidades de negócios.

QUEM É? Trabalhador remoto
O QUE FAZ? Trabalha para um empresa que tem sede em outra cidade, mas mesmo assim precisa de uma estrutura de escritório.
POR QUE TRABALHA NO COWORKING? Porque garante um ritmo de trabalho, além de um ambiente mais profissional para estar do que sua própria casa, onde há mais distrações e o foco pode se perder.

QUEM É? A pequena empresa
O QUE FAZ? É uma empresa já consolidada no mercado, conhecida pelos clientes, mas que atua com poucos funcionários.
POR QUE TRABALHA NO COWORKING? Por encontrar um lugar onde é possível reunir a equipe e organizar documentos e questões rotineiras sem precisar gastar muito com um aluguel caro e sem a obrigatoriedade de um contrato anual.

QUEM É? Desenvolvedor de projetos paralelos
O QUE FAZ? Mesmo tendo um emprego fixo em outra empresa (ou até sendo sócio ou proprietário de um negócio), tem empreendimentos e projetos próprios para tocar.
POR QUE TRABALHA NO COWORKING? Porque fica à vontade para se dedicar completamente aos projetos. É um escritório, mas não o escritório da outra empresa, ou seja, o foco é totalmente voltado aos seus planos, sem interrupções sobre outros assuntos e sem misturar tarefas.

Como saber se você NÃO se vai se dar bem em um coworking:
>> Você não está interessado em compartilhar seu espaço;
>> Você não faz questão de conhecer gente nova com frequência;
>> Você precisa ter a mesma rotina todos os dias, sem acrescentar coisas novas ou ganhar experiências;
>> Você é uma dessas nove criaturas:
1 - Claro que cada um é cada um, mas não dá pra ser egoísta. Compartilhar é bom!
2 - É divertido trabalhar com um monte de gente legal em volta, mas tudo tem limites. Gente sem noção não costuma ser muito bem recebida.
3 - O espaço é compartilhado e não dá pra ser bagunceiro.
4 - Barraqueiro? Barraco, não!
5 - Mau humor pode ser contagioso, melhor ficar do lado de fora da porta.
6 - Antipático e orgulhoso? Simpatia e humildade ajudam a fazer amigos, parceiros e conseguir clientes num coworking.
7 - Porco? Higiene é fundamental!
8 - Coworkers são pessoas pró-ativas com vontade de botar ideias em prática. Gente preguiçosa não se cria.
9 - Pessimismo também não é legal! Melhor trabalhar bastante com pensamento positivo.

Se você não se encaixa em nenhum desses casos e acha que vai se dar bem dentro de um coworking, vamos mostrar como ter a experiência completa. Mas, para começar, como você encontra o espaço perfeito?


 

O espaço coworking no trabalho compartilhado

Agora que você já sabe que o coworking é para você, vem o próximo passo: escolher o espaço ideal. Aquele que tem a sua cara, que te faz trabalhar bem e feliz e que combina com o seu negócio e com os clientes que você vai atender. Felizmente, opções não faltam. Mas nem sempre foi assim.

Os primeiros coworkings, que surgiram nos Estados Unidos em 2005, eram diferentes do que a gente vê hoje. Quando a ideia se popularizou, junto com as placas que diziam “working alone sucks” (“trabalhar sozinho é uma droga”, em tradução livre), o grande objetivo não era pagar menos para ter um escritório incrível e cheio de recursos.

O grande objetivo era juntar gente legal para trabalhar e crescer junto, trocando ideias e experiências. Por isso o espaço físico não era prioridade, e os primeiros coworkings eram bem parecidos entre si: funcionavam em espaços simples e até mesmo improvisados (dentro de casas e apartamentos, por exemplo).

Com o passar dos anos e o aumento do número de coworkings, a cara dos espaços foi mudando e se diversificando cada vez mais para atender a todos os públicos e gostos. Hoje, com milhares de coworkings diferentes abertos no mundo todo, a experiência que você vai ter pode variar drasticamente dependendo do espaço que você escolher.

Embora a essência seja a mesma, cada lugar tem uma identidade própria. Uma “vibe” própria, por assim dizer. Mesmo que não seja proposital, diversos fatores, como localização, preços e público, deixam cada coworking com um estilo único. Dependendo de onde você for, também vai encontrar níveis diferentes de interação entre os membros e graus de formalidade variados. O espaço físico interfere bastante nisso.


 

Perfil do coworker no trabalho compartilhado

SOB MEDIDA:
Se você tem um perfil mais sério, por exemplo, provavelmente vai se identificar mais com espaços um pouco mais formais, localizados em centros comerciais e que atraem um perfil mais corporativo de profissionais. Nesses lugares, você provavelmente vai encontrar pessoas de terno e gravata que se comunicam e trabalham com mais formalidade.

Se você e a sua empresa têm uma pegada mais descontraída, por outro lado, com certeza vão gostar mais dos espaços mais “relaxados”, onde as pessoas se vestem de forma mais informal e não adotam um estilo de vida tão tradicional e corporativo. Nenhum tipo é melhor do que o outro. Faz parte do processo identificar onde você se sente mais confortável.

A natureza das interações, que são o grande objetivo do coworking, também pode ser bem diferente dependendo de onde você estiver. Você se dá melhor conversando informalmente com as pessoas durante um cafezinho ou um happy hour? Aposte em espaços mais descontraídos, onde o grau de formalidade é menor. Fica mais confortável com apresentações e reuniões mais formais? Não tem problema. Com certeza você vai encontrar um coworking ideal também.


 

Concorrência no trabalho compartilhado

E CONCORRÊNCIA INTERNA?
A diversificação entre os coworkings hoje já é tanta que é cada vez mais comum nascerem coworkings segmentados para nichos específicos de mercado. Espaço só para advogados? Tem! Só para profissionais de comunicação e design? Também tem! Pense bem no que você espera do coworking. Se é se relacionar com gente de áreas diferentes da sua, esse tipo de espaço pode não valer a pena. Mas se você procura se fortalecer dentro de um mercado, ou mesmo entrar nele, pode ser uma aposta bem acertada.

Seja onde for, ao contrário do que pode parecer, vários profissionais do mesmo ramo trabalhando no mesmo coworking não “competem” um com o outro. A interação diária cria um relacionamento e uma confiança que tornam comum a troca de projetos e indicações. Imagine que você é designer e recebe uma demanda de trabalho que não vai poder atender. Ao seu lado, senta outro designer que você já conhece e confia. Com a indicação, você ajuda o outro coworker e ainda ganha uma moral com o cliente, porque não o deixa na mão.

É bastante coisa para considerar, né? Por esses e outros motivos, a grande dica é dedicar tempo pesquisando e conhecendo o maior número de espaços que você puder com bastante calma. A maioria deles oferece um dia ou até mais de test drive. Você pode visitá-los e passar um tempo trabalhando de verdade para ter a experiência e decidir se gosta ou não. Quando você encontrar o lugar certo, pode ter certeza de que vai perceber com facilidade.


 

O negócio coworking no trabalho compartilhado

Uma vez encontrado o espaço que foi feito sob medida para você, chega a hora de começar a trabalhar. A boa notícia é que metade das preocupações que você teria ao montar seu próprio escritório já foram tiradas do seu caminho. Os móveis já vão estar montados, a internet já vai estar instalada, a limpeza vai estar providenciada e o café, passado.

E agora? Que medidas práticas é legal tomar para começar com tudo?


 

Produtividade no trabalho compartilhado

Coloque tudo no papel: fazer listas ou pequenas anotações do que você deve fazer ajuda a evitar distrações e manter o foco. Pegue uma agenda, um bloco de anotações ou até mesmo um documento de texto, ou encontre programas para computador ou celular que permitam que você coloque as tarefas, de forma ordenada, fora da sua cabeça. Só isso já vai ajudar você a se sentir mais organizado e produtivo.


Determine prazos: estipule datas de entrega e horários para si mesmo. Com isso, você pode organizar melhor o seu dia e definir quais atividades devem ser feitas primeiro. Além das datas e horários, não esqueça de riscar ou anotar sempre que uma tarefa for terminada ou precisa ser adiada. Assim você não corre o risco de deixar nada para trás ou, por exemplo, ir a uma reunião que foi cancelada – só porque esqueceu de anotar essa informação.


Priorize: nem tudo é importante e nem tudo é urgente. Quando estiver na dúvida do que deve ser feito a seguir ou do que precisa ser prioridade na sua pauta, lembre-se do seguinte: importante é aquilo que vai trazer resultados. E urgente é aquilo que, se não foi feito, vai trazer problemas. Tente encontrar o grau de importância e urgência de cada tarefa e use isso para organizar o seu dia.


Regra do 80/20: essa regra, como é conhecida a Lei de Pareto, vale ouro. Se você parar para analisar, vai perceber que 20% das suas atividades gastam 80% do seu tempo e que 80% dos resultados vêm de 20% do esforço. Por isso, não vale a pena buscar a perfeição em absolutamente tudo que você faz. Lembre-se: feito é melhor que perfeito.

Faça pausas: não adianta tentar ficar horas e horas trabalhando em ritmo frenético sem parar, porque isso não vai fazer você ser produtivo. Pausas são necessárias para colocar as ideias em ordem e dar um descanso para a sua mente. Levante, dê uma caminhada, tome um café e relaxe um pouco. Muitas vezes, é exatamente nessas pausas que surgem os insights e as boas ideias. Quando você voltar ao trabalho, com certeza vai estar muito mais produtivo e animado.


 

Contabilidade no trabalho compartilhado

Regularize-se: você está chegando num espaço novo, que respira empreendedorismo, então nada mais justo do que ter seu negócio 100% em ordem. Isso significa abrir uma empresa, se ainda não tiver, ou fazer um checkup no seu CNPJ para saber se está tudo em ordem. Caso precise abrir uma empresa, um escritório contábil (online ou tradicional) irá orientá-lo em todos os passos, principalmente nos impostos a pagar. É importante ter ajuda especializada para pagar somente aquilo que é justo e pertinente ao seu negócio.


Separe as contas pessoais e da empresa: ao misturar o que entra e o que sai da empresa com as contas do seu dia a dia, a contabilidade sai perdendo e você também. Com as contas separadas, você consegue saber exatamente o que entra na sua empresa e pode fazer previsões de investimentos ou incremento de novos clientes.

Não perca os prazos: se a sua empresa é pequena, suas obrigações contábeis durante o mês são basicamente as seguintes: emitir nota fiscal, lançar receitas e despesas epagar a guia de imposto na data correta. Com tão pouca coisa para se manter em dia, não tem desculpa para não fazer tudo direitinho. A tecnologia está facilitando cada vez mais a vida de todos e pode lhe ajudar a não perder esses prazos. Cabe a você não deixar para depois.

Defina como você será remunerado: quem presta serviços costuma achar que tudo o que entra na conta da empresa é o seu salário. Na prática pode até ser, mas, contabilmente, você precisa definir se o seu rendimento será por pró-labore, divisão de lucros, ou combinação de ambos. O pró-labore é um valor fixo que você determina que vai retirar todo mês, e sobre ele, pode pagar INSS para a aposentadoria. Muitas vezes, o empreendedor nem retira este valor, mas formaliza este recebimento apenas para pagar a aposentadoria. Uma outra opção é a divisão de lucros, que pode ser feita mês a mês no balanço entre receitas e despesas, e o que sobrar é lucro. Cabe lembrar que este lucro não será tributado quando enviado para sua conta pessoa física.

Utilize ferramentas de gestão: pode ser uma simples planilha, um caderninho ou uma ferramenta de gestão financeira ou contabilidade online. Por menos complexo que seja o seu negócio, ele pode crescer e, se você for organizado desde já, pode chegar ao topo com seus controles essenciais. Mesmo que seu plano seja ficar como está, saber o que entra e sai da sua empresa ajuda a definir se precisa buscar mais clientes, ajustar o preço do trabalho, contratar pessoas ou fazer um investimento.


 

Jurídico no trabalho compartilhado

Endereço fiscal x endereço comercial: cuidado com a diferença! O endereço fiscal é usado para obtenção do alvará de funcionamento da empresa e só pode ser utilizado com autorização do proprietário do imóvel. Esse endereço vai ficar registrado no cadastro da empresa perante as Receitas Federal, Estadual e Municipal, Junta Comercial e Prefeitura (para obtenção do alvará de funcionamento). Já o endereço comercial é usado apenas para fins de contato ou atendimento de clientes.

Formalize: se não for possível formalizar a abertura da empresa ao começar um projeto, é importante pelo menos que os fundadores formalizem um Pacto de Intenções ou um Memorando de Entendimento (MOU) vinculante. Assim os seus interesses, objetivos e eventuais regras para concretizar o projeto já estarão prédefinidos. Isso evita muitos problemas posteriores caso ocorra disputa entre os fundadores e a empresa ainda não tenha sido constituída.

Procure profissionais: o contrato mais perigoso é aquele que traz uma falsa segurança. Uma cláusula mal escrita (com dupla interpretação) ou uma disposição perigosa que passou despercebida criam riscos que podem trazer problemas no futuro. Uma boa gestão de risco na área jurídica evita problemas, ou pelo menos alerta os empreendedores para que assumam riscos contratuais de maneira consciente. Vale mais a pena investir dinheiro na elaboração e revisão de contratos por especialistas do que arcar com os prejuízos decorrentes de um descumprimento contratual depois.
 

Ideias não são registráveis: para reduzir os riscos de utilização indevida de informações divulgadas em reuniões, projetos ou parcerias, faça um Acordo de Confidencialidade (NDA). Por outro lado, são passíveis de registro as marcas (nomes ou logos), o design de um produto, uma patente, um desenho industrial e os códigos de um software. Se você quer garantir ao menos os créditos por uma ideia, publique um artigo ou um livro (direito autoral).

Responsabilidade sobre dívidas: apesar de ser fácil se registrar como “empresário individual” para obter o CNPJ, a lei não confere a eles a mesma proteção oferecida aos sócios de uma sociedade limitada, que separa muito bem as dívidas da empresa e dos sócios (responsabilidade limitada). No caso do empresário individual, o patrimônio da empresa (pessoa jurídica) e do fundador (pessoa física) se confundem, e respondem solidariamente por dívidas da empresa (responsabilidade ilimitada) em caso de cobranças judiciais.


 

O aproveitamento coworking no trabalho compartilhado

Você já entendeu que o jeito de trabalhar está mudando, já achou o coworking dos seus sonhos e já está trabalhando a todo vapor dentro dele. Fim da saga? Não! Acredite: o coworking é muito mais do que um escritório compartilhado ou uma opção para reduzir os custos do seu negócio. É o lugar onde você encontra oportunidades que em um escritório convencional seriam difíceis de aparecer – ou até impossíveis.

Lembra que cada espaço tem uma dinâmica própria e foca em objetivos diferentes? Alguns priorizam determinadas áreas de atuação, enquanto outros apostam na mistura entre setores e empresas diferentes, para aumentar ainda mais a diversidade da rede de contatos de cada um que estiver ali dentro. Por isso é tão importante escolher o seu espaço de acordo com a finalidade do seu projeto, sua dedicação ao trabalho e as regras que pretende criar para si mesmo, como você viu anteriormente.


 

Experiência do coworker no trabalho compartilhado

Mas, mesmo sendo tão diferentes, os espaços de coworking se caracterizam por ir muito além do trabalho rotineiro em uma mesa ou repartição. E, por mais que eles tenham uma série de vantagens inerentes, a forma como você conduz a sua experiência dentro deles faz toda a diferença. Quer você esteja interessado em focar o máximo possível sem socializar muito, quer procure conhecer gente legal e fortalecer sua rede de contatos, é bom prestar atenção em alguns pontos que vão te ajudar a tirar o máximo da sua experiência dentro de um coworking:

Esteja presente nos eventos e programas de aceleração. Uma das formas de melhor aproveitar o coworking que você escolheu é participando dos eventos que o próprio espaço promove. Pode ser um almoço entre os coworkers, um happy hour, workshops ou até um encontro informal entre a galera. A maioria dos espaços também investe em reuniões para discussões de projetos e apresentação das empresas que operam dentro dele, além de programas de aceleração que ajudam bastante.

Conheça as pessoas e deixe que elas conheçam você! Comece pela atitude mais simples, que é não sentar sempre na mesma mesa. Escolha lugares diferentes para trabalhar todos os dias, cumprimente as pessoas ao seu lado e mostre-se interessado no trabalho delas. Você pode conhecer mais sobre contabilidade estando ao lado de um colega que trabalha com isso do que fazendo pesquisas em fontes que nem sempre são confiáveis. E não se esqueça de sempre ter alguns cartões de visita com você. Eles são a maneira mais profissional de apresentar seu trabalho e passar informações de contato.

Crie o hábito de conversar com quem estiver por perto. Você pode aproveitar o cafezinho ou os seus intervalos para trocar uma ideia com alguém próximo – geralmente, os espaços de coworking possuem uma copa ou cozinha que todo mundo pode utilizar, ou seja, dá para conhecer gente nova até durante o almoço, sem ser na situação estranha de sentar na mesa alheia.

Mude os dias e horários em que você frequenta o espaço. Se você costuma trabalhar nas manhãs de segunda, quarta e sexta, pode ser uma boa pedida trocar um desses dias pela tarde ou por uma terça-feira, por exemplo. Como os horários e planos geralmente são bastante variáveis e flexíveis, pessoas e projetos diferentes aparecem no coworking todos os dias. Assim você vai poder fazer novos contatos e conhecer pessoas com diferentes habilidades, além de tirar insights para os seus projetos e aprender sobre o trabalho de todo mundo. Tudo isso pode ajudar você a se adaptar ao espaço e sentir-se mais animado para trabalhar e mostrar o que sabe fazer.

Colabore. E lembre-se: não é só você que está em busca de um lugar legal para trabalhar e projetos para desenvolver, então colabore! Faça sugestões, converse com as outras pessoas e ofereça uma ajudinha para alguém que precisa de uma visão nova ou de um serviço que você sabe fazer muito bem. As diferentes empresas e profissionais presentes em um coworking podem representar uma parceria legal para você e o seu trabalho também pode ser exatamente o que a pessoa da mesa ao lado está procurando.


 

Network no trabalho compartilhado

Tudo isso gera o tão famoso networking.

Imagine só a cena: aquela sua ideia de negócio, que tem tudo para dar certo, está trancada em uma gaveta porque falta um empurrãozinho e um material bem diagramado para apresentála. Até que, no escritório em que você entra para trabalhar todos os dias, aparece a chance de ter uma conversinha com o designer da mesa ao lado. E vocês, além de aprender sobre o trabalho um do outro, descobrem que podem criar uma parceria bacana para colocar a ideia em prática. Isso é algo que provavelmente não aconteceria se você estivesse em um escritório só com pessoas que trabalham na mesma empresa que você.

Essa é uma das coisas legais do coworking: você está cercado de pessoa empreendedoras, criativas, que têm habilidades e experiências muito diferentes das suas. É o lugar certo para trocar ideias, mostrar o que sabe fazer, ganhar novos clientes, parceiros e amigos dentro do seu local de trabalho.


 

O futuro coworking no trabalho compartilhado

Se você chegou até aqui, com certeza já entendeu por que tem cada vez mais gente adotando o lifeworking e unindo paixão e trabalho como forma de deixar a vida mais equilibrada e feliz. E essa mudança de mentalidade já está provocando impactos gigantescos em várias partes do mundo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que até 2020 40% da força de trabalho seja composta de freelancers, empreendedores individuais, prestadores de serviços e trabalhadores temporários. Você mesmo com certeza já conhece alguém nesse perfil. E, não por coincidência, o número de espaços de coworking e coworkers também vai aumentar bastante.

Steve King, um dos maiores estudiosos de coworking no mundo, lançou uma previsão gigante para o cenário em 2018:
Segundo ele, até lá haverá 1 milhão de pessoas trabalhando em coworkings.

Isso porque o número de espaços tem crescido rapidamente nos últimos 5 anos, praticamente dobrando a cada ano. Segundo ele, esse crescimento está desacelerando, mesmo assim, espera-se que a taxa anual seja de 30% nos próximos 5 anos. A expectativa é de que haja 12 mil espaços de coworking no mundo em 2018.

E a previsão do crescimento de coworkers é ainda maior. Isso porque:
>> Os novos espaços tendem a ser bem maiores que os primeiros;
>> Os coworkings que já existem estão expandido, adicionando mais espaço e mais membros;
>> Os responsáveis pelos espaços aprenderam a otimizá-los e a atender mais gente.

Por conta disso tudo, estima-se que o número de coworkers cresça 40% por ano nos próximos 5 anos, passando de um milhão em 2018.

E aqui no Brasil não é diferente. Desde 2007 (ano de nascimento do primeiro coworking brasileiro), muita coisa mudou e o nosso mercado passou por um boom que rendeu a abertura de vários novos espaços e a difusão dessa forma de trabalhar e se relacionar. Não é a toa que as buscas pelo termo “coworking” no Google cresceram mais de 400% em quatro anos e meio por aqui:
Os dados do ultimo censo de coworking realizado em território nacional (abril/2015) mostraram que há 238 espaços de coworking funcionando no Brasil, tendo 56 deles sido abertos em 2014 e 10 só nos primeiros três meses de 2015.

Não dá pra duvidar que o crescimento por aqui também anda acelerado e que cada vez mais gente enxerga o coworking como uma alternativa bacana para ajudar no lifeworking.

E você, já pensou em adotar uma vida assim?

 

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